A Família na intervenção e prevenção ao uso de drogas.

 

 

 

Nos dias 11, 12, 13 e 15 de novembro de 2009., realizou-se o 1º Encontro da Pastoral da Sobriedade, com o tema “A Família na intervenção e prevenção ao uso de drogas”, contando com as parcerias do Instituto Alerta, Campanha pela Vida e contra as Drogas da Jovem Pan, Amor Exigente e CDHEP – Centro de Direitos Humanos e Educação Popular. No dia de abertura, recebemos a Drª. Carla, do Instituto Alerta. Ela abordou o modo de tratar o dependente em 3 aspectos: 1º - prevenir antes de experimentar, 2º - trabalhar com usuário de uma única vez e 3º - usuário frequente, o viciado. Para cada um, temos uma abordagem definida, mas o melhor meio para a prevenção é o exemplo dos pais, família e amigos. A curiosidade também influi, daí a importância do diálogo familiar permanente, a disposição e o tempo para o contato com nossos jovens, com o jovem que experimentou pela primeira vez. Devemos falar abertamente que a droga não é ruim, não é como dar uma martelada no dedo. Ela traz uma satisfação, porém é momentânea, e é a consequência, esta sim, que nos leva ao vício, tráfico, roubo, perda da família e do convívio social e até à morte. E o Beto, da Pastoral da Sobriedade, dizendo que Pastoral vem para resgatar e reinserir os excluídos, propondo uma mudança de vida. Aceitando o desafio do Santo Padre, Papa João Paulo II, a Pastoral da Sobriedade foi implantada, no Brasil, em 1998, na 36a Assembleia Geral da CNBB. E comentou sobre 5 frentes de trabalho da Pastoral: prevenção, intervenção, recuperação, reinserção e atuação política, se atendo mais a esta última.

No segundo dia, tivemos a presença Izilda Alves, coordenadora da Campanha pela Vida e contra as Drogas da Jovem Pan, que existe há sete anos, vindo ao encontro da necessidade de tirar os jovens das drogas e do tráfico. A campanha atua na prevenção, já que se trata de um problema social e de saúde pública. Izilda comentou que o governo dispõe 2.573 leitos para o tratamento de dependente químico, álcool e doenças mentais, mas que 12% da população é de alcoólatras e 20 milhões de usuários de drogas, assim sendo para o tratamento na rede pública existem 7.773 pessoas aguardando um leito. Ouvimos testemunho de uma dependente química em recuperação e, encerrando a noite, Alexandre Araújo, psicoterapeuta e presidente da ONG Intervir, falou sobre tratamento de dependentes e epidemiologia do Brasil e que a melhor prevenção é o diálogo e a família impor limites. Pais são pais e não amigos, são orientadores e disciplinadores, os pais dão a vida pelo filho, já os “amigos” não.

No terceiro dia, contamos com a presença de Luiz Fernando, da equipe do Amor Exigente, que falou sobre codependência e deu testemunho, e da psicóloga Tânia Almeida, que acrescentou que codependência é uma doença, pois afeta emocional e fisicamente, levando até à depressão. Disse também que o tratamento da família é necessário para a cura do dependente, pois este requer uma estrutura sólida familiar para obter êxito no seu processo de sobriedade. Cleuza Calixta, coordenadora do grupo de autoajuda Amor Exigente, também deu seu testemunho. Encerrando a noite, a Irmã Nelly – CDHEP, falando sobre o perdão, disse que é uma decisão, abrindo mão de ser vítima, deixar de se vingar, tirando o peso de si, porque faz bem. Assim vivendo bem na família, comunidade e na sociedade. E encerrando o encontro com a Santa Missa, no dia 15/11, presidida pelo Monsenhor Parede e com a participação do Diácono Ângelo, coordenador Diocesano da Pastoral Sobriedade. Em sua homilia, o Monsenhor disse que os 12 passos da Sobriedade Cristã são sementes jogadas aguardando a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.